Varejistas questionam sobre formas de agregar valor ao produto e combate à concorrência desleal -

Varejistas questionam sobre formas de agregar valor ao produto e combate à concorrência desleal

Perguntas foram enviadas ao Sincopeças-BR pelos varejos Ramos & Copini e Autopeças Furlan. Participe você também!

 

Por Lucas Torres ([email protected])

A série que coloca varejistas de autopeças de todo o território nacional em linha-direta com a entidade de representação nacional do segmento está de volta e, nesta edição, os gaúchos da Ramos & Copini e os paulistas da Autopeças Furlan questionam o presidente do Sincopeças-BR, Ranieri Leitão, sobre questões relacionadas a dois temas de importância perene: como agregar valor ao produto vendido pelo varejo do segmento e de que maneira é possível extinguir a sonegação e a informalidade que tanto desequilibra a concorrência leal entre os players do mercado?

Gostou dos temas abordados, mas sentiu que – além deles – existem outras questões que não podem ficar à margem do debate no setor?

Seja você também um influenciador de seu segmento e envie questões para nossa reportagem através do endereço eletrônico [email protected] ou por meio do chat de nossa fanpage facebook.com/novovarejo.

Lembre-se: a inquietação com um problema particular do cotidiano de seu negócio pode ser a preocupação de muitos outros varejistas. Compartilhe-a e contribua para a evolução do setor como um todo!

 

Flávio Ramos – Ramos & Copini, de Santa Maria (RS)

Como agregar valor a toda cadeia de negócios de autopeças considerando que os produtos são commodities? Que ações podem ser feitas?

Ranieri Leitão – Primeiro a gente considera commodities as matérias primas. Especificamente no nosso caso, o serviço que temos que prestar hoje em dia é um grande diferencial de nosso segmento de mercado. Atendimento, forma de fidelizar o cliente por meio do treinamento dos vendedores e de sua atuação como uma espécie de consultor. O ser humano, hoje mais do que nunca, prevalece sempre nesse processo de encantamento do cliente e agregar de valor. Isso, em minha opinião, prevalece acima de qualquer política de preço.

Então, se quisermos ter empresas pró-ativas que ultrapassem os limites do preço, temos que apostar em Recursos Humanos, no atendimento e no serviço prestado à clientela.

 

Waldenir Brunhara – Autopeças Furlan, de São Paulo (SP)

O Sincopeças-BR tem algum projeto educacional para diminuir a venda de peças automotivas sem Nota Fiscal?

Ranieri Leitão Especialmente no estado do Ceará, combatemos isso com muito rigor. Temos a Secretaria da Fazenda cearense como uma das mais bem aparelhas para detectar problemas de sonegação. Praticamente a sonegação na linha de distribuição de nosso estado inexiste.

Quando mercadorias entram no Ceará oriundas de outras regiões, como, por exemplo, o sudeste, estas mercadorias já são taxadas automaticamente na fonte de modo que existe o cumprimento inequívoco do ICMS.

Essas mercadorias passam então a serem comercializadas pelos varejos e centros automotivos sem necessidade de nova taxação tributária da mercadoria.

Agora, esse processo no país como um todo ainda é endêmico. Sabemos que existe no Brasil uma gama considerável de empresários que ainda têm a cultura da sonegação e isso é um problema gravíssimo – que quem sonega acaba obtendo indevidamente inúmeras vantagens competitivas em relação a quem não sonega.

Por isso o Sincopeças está atento e engajado para que possamos em menos de 24 meses vencer a luta para nacionalizar o modelo cearense a fim de combater esse expediente da informalidade.


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