Varejo e indústria veem 2° semestre mais favorável -

Varejo e indústria veem 2° semestre mais favorável

A perspectiva se deve a uma série de eventos favoráveis, como Copa, Natal, Black Friday, o recente lançamento da tecnologia 5G e o aumento do programa Auxílio Brasil para R$ 600

Forbes

As principais varejistas brasileiras listadas em bolsa esperam uma recuperação nas vendas nesta segunda metade do ano, diante de uma série de eventos favoráveis — de Copa do Mundo ao Natal — e perspectivas de melhora no cenário de juros e inflação, panorama também visto pela indústria eletroeletrônica que abastece o setor.

Porém, os empresários de três das maiores redes de varejo do país — Americanas, Via e Magazine Luiza — foram cuidadosos ao definir a magnitude dessas expectativas, falando em otimismo “cauteloso” e semestre “mais favorável” a analistas e jornalistas no final da semana passada.

Para além da Copa, e do Natal, executivos ainda mencionaram a Black Friday, em novembro, o recente lançamento da tecnologia 5G, que deve ajudar na venda de celulares, e o aumento do programa Auxílio Brasil para R$ 600.

“Estamos muito confiantes com o segundo semestre deste ano, lembrando que há eventos muito importantes para os próximos meses”, disse Marcio Cruz, que comanda a área digital da Americanas, a analistas na última sexta-feira (12).

O otimismo aparece depois que as taxas de juros em seu mais alto pico no Brasil desde 2017 e o maior avanço da inflação em 12 meses em quase duas décadas pressionaram as vendas das varejistas no primeiro semestre.

A receita líquida da Via, dona das bandeiras Ponto e Casas Bahia, caiu 2,5% no primeiro semestre, enquanto a do Magazine Luiza ficou praticamente estável e da Americanas subiu 16,6%. No mesmo período de 2021, as três conseguiram aumento de vendas de 32,7%, 59,8% e 37,9%, respectivamente.

Cruz disse que as vendas da Americanas até esta metade do terceiro trimestre seguem crescendo de forma “consistente” nas lojas físicas, puxadas por produtos de valor médio mais baixo, mas a demanda online por produtos próprios, como eletrodomésticos, “segue tímida”.

Na Via, o presidente-executivo da companhia, Roberto Fulcherberguer, afirmou que as vendas seguem na “mesma batida” vista no segundo trimestre, e que o terceiro trimestre ainda deve “ser mais desafiador”.

A avaliação é que os fatores favoráveis às vendas estão mais concentradas no quarto trimestre, incrementados ainda por efeitos maiores relacionados a uma expectativa de alívio na inflação e estabilidade nos juros.

“As vendas de categorias mais tradicionais de produtos (como móveis, eletrodomésticos e celulares) tendem a refletir a evolução desses indicadores, principalmente inflação e taxa de juros”, disse o diretor financeiro do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo.

Assine

Buscar

|    INSCRIÇÕES UNDER 30 2022 |    FORBES MONEY
|    CARREIRA
|    FORBES TECH |    FORBESLIFE
|    LISTAS
|    FORBES MULHER |    FORBES AGRO |    FORB(ESG) |    FORBES SAÚDE |    COLUNAS |    FORBES COLLAB |    BRANDVOICE |    INFOMERCIAL |    ÚLTIMAS NOTÍCIAS |    NEWSLETTER

Início / Forbes Money / Varejo e indústria veem 2° semestre mais favorável

Varejo e indústria veem 2° semestre mais favorável
A perspectiva se deve a uma série de eventos favoráveis, como Copa, Natal, Black Friday, o recente lançamento da tecnologia 5G e o aumento do programa Auxílio Brasil para R$ 600
Reuters
17 de agosto de 2022     Atualizado há 20 horas
Compartilhe esta publicação:

Empresários da Americanas, Via e Magazine Luiza foram cuidadosos ao definir a magnitude dessas expectativas

Acessibilidade
L L A- A+ ◐

As principais varejistas brasileiras listadas em bolsa esperam uma recuperação nas vendas nesta segunda metade do ano, diante de uma série de eventos favoráveis — de Copa do Mundo ao Natal — e perspectivas de melhora no cenário de juros e inflação, panorama também visto pela indústria eletroeletrônica que abastece o setor.

Porém, os empresários de três das maiores redes de varejo do país — Americanas, Via e Magazine Luiza — foram cuidadosos ao definir a magnitude dessas expectativas, falando em otimismo “cauteloso” e semestre “mais favorável” a analistas e jornalistas no final da semana passada.

Para além da Copa, e do Natal, executivos ainda mencionaram a Black Friday, em novembro, o recente lançamento da tecnologia 5G, que deve ajudar na venda de celulares, e o aumento do programa Auxílio Brasil para R$ 600.

“Estamos muito confiantes com o segundo semestre deste ano, lembrando que há eventos muito importantes para os próximos meses”, disse Marcio Cruz, que comanda a área digital da Americanas, a analistas na última sexta-feira (12).

O otimismo aparece depois que as taxas de juros em seu mais alto pico no Brasil desde 2017 e o maior avanço da inflação em 12 meses em quase duas décadas pressionaram as vendas das varejistas no primeiro semestre.

Inscreva-se para receber a nossa newsletter

Ao fornecer seu e-mail, você concorda com a Política de Privacidade da Forbes Brasil.
A receita líquida da Via, dona das bandeiras Ponto e Casas Bahia, caiu 2,5% no primeiro semestre, enquanto a do Magazine Luiza ficou praticamente estável e da Americanas subiu 16,6%. No mesmo período de 2021, as três conseguiram aumento de vendas de 32,7%, 59,8% e 37,9%, respectivamente.

Cruz disse que as vendas da Americanas até esta metade do terceiro trimestre seguem crescendo de forma “consistente” nas lojas físicas, puxadas por produtos de valor médio mais baixo, mas a demanda online por produtos próprios, como eletrodomésticos, “segue tímida”.

Na Via, o presidente-executivo da companhia, Roberto Fulcherberguer, afirmou que as vendas seguem na “mesma batida” vista no segundo trimestre, e que o terceiro trimestre ainda deve “ser mais desafiador”.

A avaliação é que os fatores favoráveis às vendas estão mais concentradas no quarto trimestre, incrementados ainda por efeitos maiores relacionados a uma expectativa de alívio na inflação e estabilidade nos juros.

“As vendas de categorias mais tradicionais de produtos (como móveis, eletrodomésticos e celulares) tendem a refletir a evolução desses indicadores, principalmente inflação e taxa de juros”, disse o diretor financeiro do Magazine Luiza, Roberto Bellissimo.

Se do lado da oferta o custo do frete, a alta de insumos como aço e plástico e a crise de semicondutores atrapalharam a indústria na primeira metade do ano, na demanda, os altos patamares de estoques acumulados pelos varejistas em trimestres anteriores também serviram para reduzir as encomendas.

Humberto Barbato, presidente-executivo da Abinee, disse que “parece que as varejistas estão conseguindo desovar os estoques”.

A avaliação é reiterada pelas companhias. “Não achamos que os estoques estão elevados, acreditamos que no segundo semestre a perspectiva de venda é melhor… para o que a gente acredita que é possível fazer de crescimento, os estoques já estão normalizados”, disse Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza.

O mercado acionário tem mostrado animação com o setor e as ações das três varejistas – Magazine Luiza, Via e Americanas – têm reduzido perdas acumuladas no ano, conforme novos dados macroeconômicos positivos são divulgados. As três tiveram as maiores quedas dentre as ações do Ibovespa em 2021.

Só em agosto, até a tarde de hoje (17), as ações do Magazine Luiza lideram os ganhos do Ibovespa, com alta ao redor de 60%. Ainda assim, os papéis caem cerca de 43% no ano. A Via avança aproximadamente 45% no mês e tem queda de quase 34% no ano, enquanto Americanas tem valorização de 3% em agosto e recuo de 53% em 2022.


Notícias Relacionadas