Varejo paulistano cresce 4,5% no 1º trimestre -

Varejo paulistano cresce 4,5% no 1º trimestre

No primeiro trimestre de 2018, o movimento de vendas do varejo paulistano aumentou em média 4,5% na comparação com os três primeiros meses de 2017, informa o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O resultado recupera a perda de 3,8% registrada no mesmo período de 2017 (frente ao primeiro trimestre do ano anterior). “O perfil das vendas está retornando, aos poucos, ao período pré-crise, isto é, os consumidores voltaram a comprar bens duráveis, de maior valor”, declara Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele acrescenta que esses produtos mais caros, comprados a crédito, foram os grandes beneficiados pelo cenário macroeconômico favorável, ou seja, as fortes quedas da inflação e dos juros, o alongamento dos prazos e a melhora do poder aquisitivo da população. Tanto é que as vendas a prazo (6,7%) foram melhores do que o sistema à vista (2,3%) no período em questão.

Março

O Balanço de Vendas da ACSP divulgado hoje também traz o desempenho do comércio da capital paulista em março. Foi registrada alta média de 3,3% em relação ao mesmo período de 2017. “Ficou dentro de nossa expectativa, mas poderia ter sido maior, não fosse o efeito-calendário. Neste ano, março teve um dia útil a menos por conta do feriado da sexta-feira santa, que pode ter tirado 4% das vendas”, explica Burti.

Mais uma vez, e também favorecidas pelo panorama econômico, as vendas a prazo (6%) avançaram mais do que as comercializações à vista (0,5%).

Mensal

Em relação a fevereiro, o movimento de vendas saltou em média 19% em março – que teve três dias úteis a mais –, em um movimento puramente sazonal. Novamente o resultado foi puxado pelo sistema a prazo (29,1%), em especial pelos móveis e eletrodomésticos; a alta foi inclusive superior à média dos últimos três anos (25,5%). Já as vendas à vista aumentaram 8,8% na mesma comparação, quatro pontos percentuais abaixo da média dos últimos três anos (12,6%). “As altas temperaturas e o clima chuvoso não ajudaram as lojas de roupas e calçados, compradas principalmente à vista”, comenta Burti.

O Balanço de Vendas da ACSP é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.


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