Veículos ficarão ainda mais caros com a guerra na Ucrânia -

Veículos ficarão ainda mais caros com a guerra na Ucrânia

Segundo a Anfavea, os preços dos carros não vão baixar. Por isso, a redução do IPI em 8,5% é um bom exemplo de medida que pode reduzir o custo Brasil, ao mesmo tempo em que o aumento do ICMS paulista, de 12% para 14,5%, agrava a situação.

UOL

O impacto econômico provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia vai deixar eletrodomésticos, automóveis e imóveis ainda mais caros aqui no Brasil. O receio de que o conflito afete o fornecimento de matérias-primas já encareceu insumos usados pelas siderúrgicas para produzir aço, um produto que compõe grande parte dos custos de fabricação dos bens duráveis, dizem empresários.

O repasse de preços nessa cadeia já começou. Semana passada, uma das principais siderúrgicas do país, a CSN, anunciou um aumento de preços de 20% para os produtos que vende para a indústria, em um reajuste que será feito em duas parcelas: 12,5% no dia 1° de abril e 7,5% no dia 15.

A companhia, que fornece produtos para os setores automotivo, de linha branca (geladeiras, fogões), construção e embalagens, disse que está retirando descontos que vinha praticando por causa do encarecimento de matérias-primas, como minério de ferro e carvão metalúrgico. Já os fabricantes de bens de consumo que usam o aço comprado das siderúrgicas criticam o reajuste de preços e alertam que essa conta mais alta vai sobrar para o bolso do consumidor.

A Inflação na indústria vem se acumulando

Os custos da indústria já vinham subindo ao longo da pandemia. As interrupções de atividades em diversos países afetaram a produção e o transporte das matérias-primas. Os indicadores de preços no Brasil mostram que insumos usados pelos fabricantes de eletrodomésticos, de automóveis e da construção civil estão subindo mais que a média da inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O IPP (Índice de Preços ao Produtor) do IBGE, por exemplo, mede a variação dos preços de produtos na porta da fábrica, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Preços vão subir ainda mais

Segundo empresários da indústria de bens de consumo e da construção, o novo choque de aumentos de preços provocado pela invasão russa ao solo ucraniano vai levar a novos reajustes na cadeia de bens duráveis que vão chegar ao consumidor nos próximos meses.

Veículos: A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também afirma que o aumento de custos na cadeia de produção é o assunto que mais preocupa esses setores.

Segundo a Anfavea, os preços dos carros não vão baixar. Por isso, a redução do IPI em 8,5% é um bom exemplo de medida que pode reduzir o custo Brasil, ao mesmo tempo em que o aumento do ICMS paulista, de 12% para 14,5%, agrava a situação.


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