Mensalmente o estudo VIES – Variação nos Índices e Estatísticas Pré e Pós-crise compara o desempenho do varejo em todo Brasil com o período imediatamente anterior ao início da pandemia da covid-19, no caso de nosso país no mês de março. O objetivo do estudo é apurar a percepção dos varejistas de autopeças para veículos leves do momento atual e estabelecer curvas comparativas para traduzir em números o impacto da crise no setor. Nesta edição, os varejistas comparam o desempenho do mercado em fevereiro de 2021 com o período anterior à crise. Os dados apurados pelo profissionais do After.Lab – núcleo de pesquisas da Novo Meio – revelam quem o mercado, em fevereiro, encolheu – 3,62% em relação ao período que antecedeu a crise sanitária. Apesar de ser um índice negativo, mostra evolução positiva nas vendas em relação aos meses de janeiro de 2021 e dezembro de 2020, quando o volume de negócios foi ainda menor na comparação pré-crise. Outro dados importante foi o recuo do índice de queda nas compras que era de -7,45% em janeiro e em fevereiro ficou em -2,24%, demonstrando que de um mês para outro o varejo fez mais estoques. Em relação aos índices de abastecimento e preços, as macrotendências foram mantidas em fevereiro. A informação positiva apurada pelo VIES foi uma discreta melhora no índice de abastecimento, que passou de -11,28% em janeiro para -8,25% em fevereiro. É um percentual ainda elevado, mas que mostra alguma recuperação no fornecimento de peças no mês passado. A notícia ruim ficou por conta da inflação de autopeças, problema que vem sendo pauta de várias reportagens no Novo Varejo e que vem se configurando na principal preocupação dos empresários varejistas em todo o Brasil. A estimativa do Aftermarket Automotivo é de inflação em torno de 20% desde o início da crise. O VIES praticamente confirma esse dado ao apurar o elevado índice de 15,77% em fevereiro na comparação com o período que antecedeu a crise sanitária global.
Dados consolidados Brasil
VENDAS (fevereiro sobre período pré-crise) | ||
Dezembro | Janeiro | Fevereiro |
-4,60% | -5,04% | -3,62% |
COMPRAS (fevereiro sobre período pré-crise) | ||
Dezembro | Janeiro | Fevereiro |
-5,85% | -7,45% | -2,24% |
ABASTECIMENTO (fevereiro sobre período pré-crise) | ||
Dezembro | Janeiro | Fevereiro |
-10,74% | -11,28% | -8,25% |
PREÇOS (fevereiro sobre período pré-crise) | ||
Dezembro | Janeiro | Fevereiro |
12,38% | 11,09% | 15,77% |
Dados consolidados por região (fevereiro obre período pré-crise)
Região | VENDAS | COMPRAS | Ponderação |
Centro-Oeste | -11,46% | -3,08% | 9,32% |
Nordeste | -10,62% | -1,03% | 17,25% |
Norte | -13,65% | -1,19% | 5,23% |
Sudeste | 3,33% | 0,73% | 48,55% |
Sul | -8,25% | -10,50% | 19,65% |
Região | ABASTECIMENTO | PREÇOS | Ponderação |
Centro-Oeste | -2,54% | 23,77% | 9,32% |
Nordeste | 1,03% | 19,45% | 17,25% |
Norte | -2,00% | 21,33% | 5,23% |
Sudeste | -11,50% | 13,38% | 48,55% |
Sul | -12,75% | 13,20% | 19,65% |