VIES – Variações nos Índices e Estatísticas de dezembro de 2020 a 2024 -

VIES – Variações nos Índices e Estatísticas de dezembro de 2020 a 2024

Mensalmente, a pesquisa VIES compara o desempenho das variáveis (abastecimento, preço, venda e compra) no varejo de autopeças, com o mesmo mês dos anos anteriores. Nessa edição, trazemos o termômetro para o mês de dezembro de 2020 a 2024, no Brasil e em suas cinco regiões.
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Mensalmente, a pesquisa VIES compara o desempenho das variáveis (abastecimento, preço, venda e compra) no varejo de autopeças, com o mesmo mês dos anos anteriores. Nessa edição, trazemos o termômetro para o mês de dezembro de 2020 a 2024, no Brasil e em suas cinco regiões.

Brasil

Na média nacional, no que diz respeito ao abastecimento, observou-se uma queda contínua ao longo dos anos. Em 2020, o abastecimento registrou uma retração de -12,75%, que se aprofundou em 2021 para -12,94%. A partir de 2022, essa queda começou a desacelerar, atingindo -5,19%, mas ainda apresentou redução em 2023 (-5,93%) e 2024 (-6,55%). Quanto aos preços, por outro lado, em 2020, estes subiram 6,09%, e em 2021 esse aumento foi ligeiramente maior, alcançando 6,16%. No entanto, entre 2022 e 2024, o ritmo de crescimento desacelerou significativamente, com elevações de 1,90% em 2022, 2,69% em 2023 e 2,40% em 2024.

Nas vendas, inicialmente, houve quedas consecutivas, com -3,22% em 2020 e -2,09% em 2021. Entretanto, a partir de 2022, as vendas começaram a apresentar crescimento, com variações positivas de 0,98% e 0,97% em 2022 e 2023, respectivamente, culminando em um aumento mais expressivo de 2,65% em 2024. No que se refere às compras, em 2020 e 2021, os dados apontaram quedas de -6,01% e -5,14%, respectivamente. Contudo, a partir de 2022, o cenário mudou, com uma recuperação expressiva de 2,15%. Em 2023, esse crescimento desacelerou significativamente, com um aumento de apenas 0,16%, mas retomou maior força em 2024, com uma alta de 0,88%. Quanto à análise ANOVA, todas as variáveis foram significativas a pelo menos 5% de significância.

Centro-Oeste

No caso do abastecimento, houve redução significativa em 2020 (-13,52%) e 2021 (-12,61%), embora o ritmo de queda tenha desacelerado em 2022 (-5,00%) e 2023 (-3,60%). No entanto, em 2024, a retração voltou a se intensificar, atingindo -6,42%.

Os preços, por sua vez, apresentaram variações positivas durante todo o período, embora o crescimento tenha oscilado. Em 2020, houve um aumento de 3,90%, que desacelerou para 3,44% em 2021 e 2,83% em 2022. A alta foi ainda mais modesta em 2023, com 1,86%, mas voltou a crescer de forma mais expressiva em 2024, com 3,27%.

As vendas seguiram uma trajetória mais volátil, com quedas em grande parte do período. Em 2020, houve uma retração de -3,09%, que foi atenuada em 2021 (-0,98%). No entanto, os anos seguintes apresentaram novas quedas, com -1,25% em 2022 e -1,88% em 2023, mas fechando 2024 com um crescimento positivo de 0,53%.

Quanto às compras, em 2020, houve retração de -1,43%, mas 2021 foi marcado por uma leve recuperação, com um aumento de 0,47%. No entanto, o cenário voltou a piorar em 2022 (-3,00%), 2023 (-2,55%) e 2024 (-2,65%). Na análise de variância, somente a variável abastecimento foi significativa a pelo menos 5% de significância.

Norte

O abastecimento apresentou quedas acentuadas em 2020 (-14,25%) e 2021 (-11,67%). Em 2022, houve uma estabilização, com variação nula (0,00%), indicando recuperação temporária. Contudo, em 2023, o abastecimento voltou a cair (-5,61%), seguido por retração ainda maior em 2024 (-8,37%). Já os preços tiveram crescimento consistente nos dois primeiros anos, com aumentos de 6,82% em 2020 e 6,89% em 2021. Em 2022, o ritmo de alta foi significativamente reduzido, com variação de apenas 1,50%. No entanto, em 2023, os preços voltaram a subir de forma mais expressiva, registrando aumento de 4,86%, antes de desacelerarem novamente em 2024, com uma alta de 2,04%.

As vendas apresentaram comportamento bastante volátil. Em 2020 e 2021, registraram crescimento considerável, com variações positivas de 4,13% e 5,50%, respectivamente. Contudo, em 2022, houve queda expressiva, de -2,50%, seguida por retração mais moderada em 2023 (-1,72%). Finalmente, em 2024, as vendas voltaram a crescer, com um aumento significativo de 4,36%. As compras também mostraram um padrão instável ao longo do período. Em 2020, registraram leve retração de -0,54%, mas em 2021 houve uma pequena recuperação, com aumento de 0,28%. O ano de 2022 trouxe crescimento expressivo nas compras (5,00%). No entanto, em 2023, o setor voltou a enfrentar dificuldades, com queda de -3,39%. Em 2024, as compras se recuperaram fortemente, registrando uma alta de 4,45%, o que pode estar associado ao aumento nas vendas e ao reaquecimento do mercado. Na ANOVA, somente a variável abastecimento foi significativa a pelo menos 5% de significância.

Nordeste

O abastecimento teve quedas contínuas, especialmente em 2020 (-15,04%) e 2021 (-15,00%). A partir de 2022, as retrações diminuíram de intensidade, alcançando -6,07%, -4,67% em 2023 e -5,50% em 2024. No caso dos preços, observaram-se aumentos com um crescimento mais acentuado em 2020 (7,02%) e 2021 (6,64%). No entanto, a partir de 2022, o ritmo de alta desacelerou, registrando 3,50%, e foi ainda mais modesto em 2023, com 1,89%. Em 2024, os preços voltaram a subir com mais força, alcançando uma alta de 4,23%.

Para as vendas, nos anos de 2020 (-5,06%) e 2021 (-5,17%), houve quedas significativas, mas em 2022 o ritmo de retração foi reduzido para -1,57%. A partir de 2023, a situação começou a se reverter, com um crescimento de 3,34%, seguido de uma expansão de 2,51% em 2024. Quanto as compras, mm 2020 e 2021, as retrações foram severas, com quedas de -11,66% e -11,55%, respectivamente. Contudo, em 2022, as compras registraram uma recuperação expressiva, com uma alta de 5,36%. Em 2023, o crescimento foi mais tímido, com 1,04%, mas se intensificou novamente em 2024, alcançando 2,97%. Na análise ANOVA, exceto os preços não apresentaram variações significativas (p<0,05).

Sul

Na região Sul, o abastecimento registrou quedas acentuadas nos dois primeiros anos, com retrações de -15,55% em 2020 e -15,50% em 2021. Em 2022, a situação começou a melhorar, apesar de ainda existir uma retração de -7,94%. Nos anos seguintes, a queda foi ainda mais moderada, atingindo -2,24% em 2023 e -3,89% em 2024. Os preços tiveram aumentos constantes, mas em níveis moderados. Em 2020 e 2021, os preços subiram 4,89% e 4,82%, respectivamente. Nos anos seguintes, os aumentos foram mais suaves, com variações de 1,46% em 2022, 1,95% em 2023 e 2,15% em 2024.

Para as vendas, em 2020, houve uma retração significativa de -5,94%, que foi reduzida para -2,50% em 2021. Em 2022, as vendas voltaram a crescer, registrando um aumento de 0,65%. No entanto, em 2023, houve uma nova retração de -1,51%, seguida de uma leve recuperação em 2024, com um crescimento de 1,01%.  As compras, em 2020 e 2021, as retrações foram de -4,58% e -3,44%, respectivamente. Em 2022, a redução foi mais moderada (-1,43%), mas voltou a se intensificar em 2023 (-2,33%) e 2024 (-3,49%). Na análise ANOVA, as variáveis vendas e compras não apresentaram variações significativas (p < 0,05).

Sudeste

N região Sudeste, o abastecimento sofreu quedas contínuas durante os cinco anos analisados. Em 2020, o desempenho foi de -10,50%, seguida por um agravamento em 2021, com -11,37%. Em 2022, houve uma recuperação parcial, com uma redução -4,37%, mas os números voltaram a piorar em 2023 (-8,36%) e 2024 (-7,82%).

Os preços tiveram aumentos expressivos nos dois primeiros anos, com altas de 6,58% em 2020 e 6,98% em 2021, refletindo um período de forte pressão inflacionária. Em 2022, o ritmo de alta desacelerou significativamente, para apenas 1,38%, e subiu moderadamente em 2023 (3,21%), encerrando o período com uma leve alta de 1,71% em 2024.

Para as vendas, em 2020, houve uma retração de -2,27%, que diminuiu para -1,85% em 2021. A partir de 2022 houve um crescimento expressivo de 2,83%, seguido de mais altas em 2023 (1,97%) e 2024 (3,58%). Quanto às compras, houve retrações de -6,04% em dezembro de 2020 e -5,21% em 2021. Em 2022, houve um crescimento significativo de 3,14%, que continuou em 2023 (1,75%) e 2024 (2,20%). Na análise de variância, todas as variáveis mostraram variações significativas, com um nível de confiança de pelo menos 5%.


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