Workshop do Sincopeças-SP aborda logística reversa e oportunidades tributárias -

Workshop do Sincopeças-SP aborda logística reversa e oportunidades tributárias

Cada vez mais os participantes das cadeias produtivas e o consumidor final terão que assumir descartes responsáveis para resíduos sólidos e líquidos que impactam direta ou indiretamente o meio ambiente

O Sincopeças-SP, em parceria com o IBER – Instituto Brasileiro de Energia Reciclável e a FecomercioSP – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, promoveu em julho o workshop “Baterias chumbo-ácido – Oportunidades tributárias e Logística Reversa”. O evento foi destinado às empresas do ramo automotivo, discutiu a carga tributária sobre o setor e apresentou regras para o descarte ambientalmente correto das baterias de chumbo-ácido, além de orientações para aderir ao Sistema de Logística Reversa, parceria da FecomercioSP, IBER, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

O evento contou com dois painéis. O sócio-diretor da Apter Consultoria Especializada em Tax, Advisory e Outsourcing, Márcio Martins, abordou “Gestão e oportunidades na área tributária: uma visão das fiscalizações federal e estadual e possibilidades de redução da carga tributária”. Em seguida, o especialista em Qualidade, Planejamento Estratégico, Gestão de Pessoas e Transformação Cultural do IBER, Daniel Luz, discorreu sobre “Sustentabilidade e regularização ambiental na logística reversa de baterias de chumbo-ácido”.

Em dezembro de 2015, na 21ª Conferência do Clima, em Paris, foi adotado acordo aprovado por 195 países para reduzir emissões de gases de efeito estufa, no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais. Em 2016 o Brasil ratificou o acordo com metas que se tornaram compromissos oficiais, comprometendo-se a reduzir, até 2025, as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, e 43% até 2030.

“Portanto, esse tema está no nosso dia a dia porque diz respeito ao mundo que queremos deixar para os nossos descendentes. A logística reversa está inserida nesse universo e, cada vez mais, os participantes das cadeias produtivas e o consumidor final terão que assumir descartes responsáveis para resíduos sólidos e líquidos que impactam direta ou indiretamente o meio ambiente. O automóvel, por suas características, incorpora matérias-primas agressivas ao planeta, entre elas chumbo-ácido das baterias, vidros, borrachas, metais pesados, filtros e óleos lubrificantes e outros, e o comércio varejista de autopeças, como parte integrante dessas cadeias produtivas, está obrigado pelo poder público a colaborar com o cumprimento dessas metas”, analisa Francisco De La Tôrre, presidente do Sincopeças-SP.

De acordo com o dirigente, a entidade vem trabalhando juntamente com cada uma dessas cadeias para estabelecer, de maneira realista, o papel que cumpre ao varejo, e o mais importante é conclamar os varejistas a integrar essas iniciativas.


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