Claudio Milan
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O estudo VIES – Variação nos Índices e Estatísticas Pré e Pós-crise foi criado em agosto de 2020 para fazer um acompanhamento mensal da movimentação do varejo de autopeças em comparação ao período anterior à pandemia.
Os resultados apurados no mês de março de 2021 – e divulgados nas tabelas abaixo – representam os últimos dados obtidos segundo essa proposta inicial. Eles trazem a comparação do mês passado com março de 2020, mês que marcou a chegada efetiva da pandemia ao país e o início das ações em favor da contenção do coronavírus.
A partir deste mês de abril, o período de um ano imediatamente anterior já estará inserido num cenário de crise sanitária e suas consequências para o varejo de autopeças. Em razão disso, a partir da próxima edição o VIES não mais investigará o mês corrente x mesmo mês antes da crise, mas sim fará a comparação com o mesmo mês do ano anterior com o objetivo, então, de apurar o desempenho do varejo em meio à pandemia. Os primeiros resultados da comparação entre os meses já afetados pela crise serão divulgados na próxima edição de 15 de maio referentes a abril de 2021 x abril de 2020.
VARIAÇÕES
Esta última edição da pesquisa VIES com base na proposta original mostrou que as vendas no varejo de autopeças apresentaram queda de -3,43% em março de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O mercado continua impactado pelos efeitos da pandemia, ações de isolamento social e falta de produtos. Apesar disso, a média nacional ponderada apresentou crescimento de 14,39% nas compras. O índice é elevado, mas é preciso levar em conta que já a partir da segunda quinzena de março do ano passado o mercado sofreu forte paralisação em razão da chegada da pandemia. A maioria das empresas parou de comprar e passou a trabalhar com os estoques para manter a saúde de caixa.
Em relação ao abastecimento, nenhuma surpresa no índice de -2,9%. Ele é mais baixo que o verificado nos meses anteriores e a justificativa é a mesma: a paralisação a partir da segunda quinzena de março do ano passado. Já os preços vêm desenhando uma curva de alta em razão do câmbio e da falta de produtos. Em março, os varejistas entrevistaram identificaram aumento médio de 14,39% na comparação com o ano passado.
Para finalizar a divulgação dos resultados da pesquisa VIES segundo sua proposta original, apresentamos a seguir todos os índices nacionais apurados pelo estudo desde agosto do ano passado. Com isso, é possível acompanhar as evoluções e os impactos da pandemia em vendas, compras, abastecimento e preços.
Dados consolidados Brasil
VENDAS (sobre o mesmo mês no período pré-crise) | ||
Março | -3,43% | |
Fevereiro | -3,62% | |
Janeiro | -5,04% | |
Dezembro | -4,60% | |
Novembro | -4,65% | |
Outubro | -2,51% | |
Setembro | -2,30% | |
Agosto | – 4,20% | |
COMPRAS (sobre o mesmo mês no período pré-crise) | ||
Março | 14,39% | |
Fevereiro | -2,24% | |
Janeiro | -7,45% | |
Dezembro | -5,85% | |
Novembro | -4,45% | |
Outubro | -2,00% | |
Setembro | -6,29% | |
Agosto | – 4,29% | |
ABASTECIMENTO (sobre o mesmo mês no período pré-crise) | ||
Março | -2,90% | |
Fevereiro | -8,25% | |
Janeiro | -11,28% | |
Dezembro | -10,74% | |
Novembro | -17,83% | |
Outubro | -10,83% | |
Setembro | -14,08% | |
Agosto | – 9,62% | |
PREÇOS (sobre o mesmo mês no período pré-crise) | ||
Março | 14,39% | |
Fevereiro | 15,77% | |
Janeiro | 11,09% | |
Dezembro | 12,38% | |
Novembro | 9,56% | |
Outubro | 11,90% | |
Setembro | 8,97% | |
Agosto | 10,01% | |
Dados consolidados por região (março sobre período pré-crise)
Região | VENDAS | COMPRAS | Ponderação |
Centro-Oeste | -2,08% | 9,69% | 9,32% |
Nordeste | -2,96% | 15,69% | 17,25% |
Norte | -3,90% | 8,90% | 5,23% |
Sudeste | -3,79% | 14,46% | 48,55% |
Sul | -3,45% | 16,75% | 19,65% |
Região | ABASTECIMENTO | PREÇOS | Ponderação |
Centro-Oeste | -1,92% | 9,69% | 9,32% |
Nordeste | -2,54% | 15,69% | 17,25% |
Norte | -4,95% | 8,90% | 5,23% |
Sudeste | -2,75% | 14,46% | 48,55% |
Sul | -3,50% | 16,75% | 19,65% |