No Brasil, 66% mantêm opção pelos combustíveis tradicionais, 13% apostam nos híbridos e 21% em outras alternativas
Por Redação Novo Meio (jornalismo@novomeio.com.br)
Os consumidores estão mais confiantes nas novas soluções de propulsão automotiva. Porém, ainda há importantes obstáculos a superar para que as novas tecnologias sejam viabilizadas, inclusive no que se refere aos veículos autônomos. A conclusão é do estudo “Global Automotive Consumer 2018”, realizado pela Deloitte.
Um dos obstáculos é o conservadorismo dos consumidores, acostumados a décadas de utilização dos confiáveis e eficientes motores de combustão interna. Na média, entre as 15 regiões analisadas, 64% dos 22 mil entrevistados disseram ter preferência por sistemas motores movidos a gasolina ou a diesel. Outros 24% optariam por veículos híbridos e 12% apostam em outras alternativas motoras. A África do Sul (com 85% de indicações) e Estados Unidos (80%) lideram a lista dos países que preferem os combustíveis fósseis para abastecer seus veículos. Na outra ponta, 40% dos chineses e 36% dos italianos têm predileção por sistemas motores híbridos. No Brasil, 66% ainda optariam por abastecer seus veículos com combustíveis tradicionais, com apenas 13% apostando nos híbridos e 21%, em outras alternativas.
“Os preços dos veículos com propulsão alternativa, como os híbridos e elétricos, ainda estão em um patamar mais elevado, o que pode justificar esse quadro. No Brasil, essa realidade é ainda mais marcante. Isso pode mudar caso os projetos de políticas públicas voltados ao incentivo do uso de veículos elétricos ou híbridos sejam de fato implementados no país. Outra restrição é a falta de infraestrutura e de uma rede preparada para reabastecimento de automóveis elétricos em todo o país”, diz Carlos Ayub, sócio da Deloitte.