Cultura consolidada e comprometimento além do lucro fortalecem varejo familiar -

Cultura consolidada e comprometimento além do lucro fortalecem varejo familiar

Novos dados e prática do benchmarking demonstram o sucesso desses empreendimentos na economia em geral e na reposição automotiva em particular

 

Por Lucas Torres (jornalismo@novomeio.com.br)

Por muito tempo o conceito de varejo familiar foi acompanhado de diversos rótulos que –injustos ou não – o conectavam à ideia de ineficiência e menos profissionalismo. Basicamente, o que o senso comum dizia era que o empreendedor inicial – aquele que muitas vezes fundou a empresa em um pequeno ponto comercial e, por sorte, circunstância ou esforço, a fez crescer – não possuía, em geral, o conteúdo técnico de gestão para dar prosseguimento à profissionalização e à modernização necessárias para manter a competitividade do negócio no longo prazo.

Todo esse campo especulativo sobre os empreendimentos familiares no segmento varejista, no entanto, é enfaticamente negado quando posto frente a frente com dados objetivos de estudos dedicados a comparar o sucesso e a predominância de empresas familiares sobre as de capital aberto tanto global quanto nacionalmente.

Por essa razão, a temática do varejo familiar teve grande destaque no Fórum LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) de Varejo 2018, realizado entre os dias 16 e 18 de março no Guarujá (SP) e que dedicou um painel integralmente à discussão dos processos de governança e transição sucessória de empresas desta categoria.

Na ocasião, o diretor e herdeiro do grupo Gentil Negócios, Glauber Gentil, destacou o fato de que dois terços das empresas no mundo são familiares e, mais do que isso, confrontou a impressão de que essa modalidade de empreendimento predomina no âmbito dos médios e pequenos negócios ao destacar que 256 das 300 maiores empresas de varejo do mundo são familiares.

O predomínio do varejo familiar, agora no contexto nacional, também fica evidenciado diante dos dados fornecidos pela GS&BGH – especialista em varejo e prospecção de pontos comerciais – que estimam que cerca de 70% das empresas varejistas brasileiras são controladas e/ou operadas por famílias. Todo esse contexto comprova que algo de muito bom está sendo feito pelas empresas familiares, sobretudo no segmento do varejo.

A fim de ampliar essa discussão – importantíssima para o varejo de autopeças – e gerar conteúdo inédito para o mercado de manutenção de veículos, nossa reportagem foi até a sede de uma das maiores empresas do planeta no âmbito da pesquisa e da consultoria empresarial, a PwC – PricewaterhouseCoopers, e conversou com seu sócio e líder em Empresas Familiares no Brasil, Carlos Mendonça.

Além de nos conceder uma entrevista exclusiva, publicada na página 8, o especialista forneceu ao Novo Varejo um rico material composto por diversas pesquisas que se dedicaram a analisar a dinâmica de funcionamento das empresas familiares no Brasil e no mundo – debruçando-se sobre seus pontos fortes e fracos, bem como oferecendo espécies de cartilhas de sucesso para essas empresas com base em casos de benchmark.


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