Varejistas do Nordeste brasileiro têm dúvidas respondidas pelo Sincopeças Brasil -

Varejistas do Nordeste brasileiro têm dúvidas respondidas pelo Sincopeças Brasil

Adaptação dos varejistas à concorrência multicanal e desafios para a consolidação do crescimento diante da retomada da economia são destaques desta matéria

Por Lucas Torres (jornalismo@novomeio.com.br)

Esta edição da série especial ‘Fale com o Sincopeças Brasil’ traz como protagonistas dois dos principais empresários do varejo de autopeças da região nordeste brasileira.

Marcos Santana, da pernambucana Centrocar, e Evaldo Parente, da cearense Evaldo Autopeças, questionaram o presidente do Sincopeças Brasil, Ranieri Leitão, acerca de temas conjunturais que têm preocupado os players do setor em todo o território nacional.

O primeiro levantou uma temática antiga mas cada vez mais presente no aftermarket em razão da própria evolução do mercado de suas práticas comercais: o impacto da atuação de distribuidores como fornecedores de peças para diferentes elos da cadeia de negócios da reposição e de que modo os varejistas podem se reinventar em busca de adequação a essa nova concorrência.

O segundo empresário participante, por sua vez, questionou o líder da entidade representativa sobre quais são os fatores determinantes para o crescimento e a organização das empresas varejistas nesse ambiente pós-crise pelo qual caminha a economia do país.

Confira a seguir a íntegra das perguntas dos varejistas nordestinos e as impressões de Ranieri Leitão sobre os temas propostos. Na próxima edição, esperamos por sua participação!

 

Marcos Santana – Centrocar, de Recife (PE)

Como você enxerga o posicionamento das empresas do varejo de autopeças diante um cenário em que a cadeia de distribuição no aftermarket é multidirecional? Quais os atributos de valor que essas empresas precisam desenvolver para lidar com a concorrência?

Ranieri Leitão – O multidirecionamento dos distribuidores é realidade no país todo, especialmente nas capitais e nas grandes cidades. Até acho que existe uma tendência muito grande dos próximos distribuidores virarem – em um futuro não muito distante – grandes ‘atacarejos’.

Nesse cenário, vejo como saída para o varejo o investimento contínuo em aplicação de autopeças. Ou seja, anexar ao varejo um centro automotivo para que ele possa aplicar, não perder clientes e dar um direcionamento mais lucrativo aos seus negócios.

Outro valor que o varejista pode agregar em sua empresa é o que temos feito aqui no Ceará e tem dado muito certo – que é a junção de empresas para a formação de redes. Nós temos aqui dez redes formadas nas quais apostamos visando à diminuição de custos das empresas e a possibilidade de comprar com uma condição bem diferenciada.

 

Evaldo Parente –  Evaldo Autopeças, de Fortaleza (CE)

Como você analisa o setor automotivo nesses primeiros meses de 2018? E qual o fator chave para que possamos crescer e nos mantermos organizados em meio ao cenário econômico atual?

Ranieri Leitão – Eu vejo que o setor iniciou um processo de revitalização no primeiro trimestre deste ano. Não que nós tenhamos tido problemas grandiosos durante a crise, tal como outros setores, mas que, analisando pela ótica de que a tendência agora – com o país entrando nos eixos – é criarmos um ambiente ainda mais propício para maximizar os negócios.

Em relação ao fator chave para o crescimento, eu tenho dito ao nosso pessoal que é cuidarmos prioritariamente da gestão das empresas do setor. Cuidando bem da gestão contábil, tributária e do RH, sobretudo este último item, pois é cada vez mais essencial se formar um time de colaboradores confiável.


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