Varejo de autopeças brasileiro vê oportunidade na incorporação do serviço online -

Varejo de autopeças brasileiro vê oportunidade na incorporação do serviço online

A ressignificação da loja como um hiperlink entre o ambiente digital, calor humano das relações físicas e a resolução de problemas que vão além da entrega do produto ao consumidor no ambiente físico encontra confluência com um movimento que já há muito surge no varejo de autopeças brasileiro como uma forma de resposta à disrupção da cadeia tradicional do aftermarket automotivo.

Lucas Torres jornalismo@novomeio.com.br

A ressignificação da loja como um hiperlink entre o ambiente digital, calor humano das relações físicas e a resolução de problemas que vão além da entrega do produto ao consumidor no ambiente físico encontra confluência com um movimento que já há muito surge no varejo de autopeças brasileiro como uma forma de resposta à disrupção da cadeia tradicional do aftermarket automotivo. O caminho outrora estruturado que se iniciava no momento da fabricação da peça na indústria e desembocava em sua instalação em uma empresa de reparação possui, hoje, uma série de bifurcações. Não raramente vemos reparadores comprando direto do distribuidor, fabricantes vendendo suas peças online, distribuidores atuando em marketplaces de venda para o consumidor final… Esse aspecto mais fluido entre os elos da cadeia da reposição, embora aumente a concorrência intersetorial dentro do aftermarket, é visto como uma oportunidade por boa parte das lideranças e empresários do setor. Em entrevista concedida ao Novo Varejo em outubro de 2019, na qual discutiu movimentos que apontavam a necessidade de reinvenção do varejo de autopeças, o então presidente do Sincopeças-SP, Francisco De La Tôrre, já recomendava a necessidade de ampliação do portfólio de oferta por parte dos comerciantes como uma forma de agregar valor no processo decisório de seus clientes. Na ocasião, salientou ser fundamental que o varejo entendesse que, enquanto ponto físico de venda, tinha que proporcionar a experiência do consumo porque, mais do que adquirir produtos, o novo consumidor, esse jovem da geração Z, gosta de vivenciar experiências. “É importante que o varejista tenha a preocupação de tornar seu ponto de venda uma experiência de consumo e é importante que esse varejista converse e entenda as necessidades de quem compra dele, de quem clica no site da sua loja – e o que motivou esse cliente a clicar – para que ele possa atender às expectativas desse consumidor que não está mais circunscrito apenas ao seu entorno”, colocou De La Tôrre. Mais de 15 meses depois, já em um mundo impactado pelos efeitos da covid-19, a diretoria do Sincopeças paulista segue com a convicção de que expandir a utilização das lojas para-além-davenda é uma tendência indispensável para as empresas do setor. Em trecho da entrevista concedida para esta edição do NVFD, o novo presidente da entidade, Heber Carvalho, enfatizou a importância do casamento venda-instalação. “Sempre acreditei que o mercado do varejo de autopeças está aliado à instalação. Isso facilita a comercialização. Podemos ver claramente nas empresas maiores e que praticam essa ideia. Acredito ser uma tendência no futuro para todos os varejistas de autopeças”, colocou.


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