Atendimento técnico e humanizado é diferencial do varejo físico em relação aos canais digitais -

Atendimento técnico e humanizado é diferencial do varejo físico em relação aos canais digitais

Pesquisa da PwC revela importância do atendimento na percepção da experiência de compra por parte dos consumidores brasileiros

Por Lucas Torres (jornalismo@novomeio.com.br)

Divulgada pela consultoria PwC em maio, a edição de 2019 da pesquisa ‘Global Consumer Insights Survey’ – que avalia o comportamento do consumidor em 27 países – teve como um de seus principais destaques a consolidação da curva de recuperação das vendas no varejo físico iniciada no ano passado.

Depois de ter despencado no Brasil durante os anos de 2016 e 2017 – muito em razão da grave recessão que atingiu nossa economia – o número de brasileiros que realiza ao menos uma compra mensal em um estabelecimento físico saltou para 61% e 62% nos anos subsequentes.

A recuperação do varejo físico, no entanto, veio acompanhado por uma dosagem importante de exigência por parte dos consumidores quanto ao preparo dos vendedores e balconistas.

No segmento do questionário que perguntou aos 1000 brasileiros entrevistados a respeito dos principais atributos a serem melhorados nas lojas do país, o fator ‘Conhecimento profundo dos vendedores sobre os produtos’ ocupou lugar de destaque, concentrando 54% dos votos dos consumidores e se colocando à frente de questões ‘da moda’, ligadas à tecnologia, tais como wi-fi com login rápido e simples (43%); tecnologia auxiliar na experiência de compras (41%); e ofertas personalizadas enviadas ao smartphone quando se está na loja (34%).

Tais dados não apenas reforçam a necessidade de capacitação no que tange o conhecimento técnico dos profissionais de vendas – no caso dos balconistas, conhecimento sobre a mecânica e os componentes elétricos do automóvel, por exemplo – mas, sobretudo, a crescente importância dada ao atendimento humanizado em um mundo cada vez mais cercado por ferramentas impessoais como os chatbots.

De acordo com a Leucotron – empresa de tecnologia em telecomunicações que atua no mercado brasileiro há 30 anos e que tem os chatbots como um dos produtos de seu portfólio – as empresas que oferecerem atendimentos exclusivamente ligados à automação não sobreviverão no mercado.

“O cliente, muitas vezes, passa a ser considerado apenas um número e empresas que insistirem unicamente nesse tipo de interação”.

É preciso, porém, muito mais que ‘ser humano’ para oferecer um atendimento humanizado. Existem no mercado diversos vendedores e balconistas que se limitam a seguir um procedimento padrão em seus atendimentos e acabam oferecendo uma experiência tão ou mais gélida do que máquinas comandadas por seus algoritmos.

Segundo a Leucotron, o atendente deve buscar se adaptar à pessoa com quem está em contato, sendo fundamental adaptar seu tom de resposta de acordo com o ritmo de fala, utilizando as pistas que ela dá para dar fluidez à conversa e adaptando sua linguagem à forma de expressão do cliente – tudo isso com o objetivo de gerar empatia.

“Por exemplo: negócios voltados para o público mais jovem podem utilizar uma abordagem mais descontraída, sem tanta formalidade. No entanto, se pessoas mais velhas são seus principais consumidores, é necessário ter mais cordialidade e paciência para lidar com suas necessidades e as particularidades comuns dessa faixa etária”, pontua o blog da empresa de telecomunicações.


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